Exibido em: 03-Jun-2007
Ultima edição: Possato | Editar minissinopse |
Assim como "Kennedy e Heidi" tentei imaginar o significado do nome desse episódio antes de assisti-lo. "The Blue Comet". Mais uma vez o significado do nome me surpreendeu. Blue Comet era o veículo em miniatura que o Bobby estava comprando na cena (e que cena hein?), de sua morte. E volto a elogiar a direção da série e também ao trabalho de roteiro utilizando essas simbologias: a única série comparável a The Sopranos nesses quesitos é Breaking Bad (claro, das que eu assisti).
Jennifer Melfi é talvez minha maior decepção em toda a série. Uma das personagens na qual eu mais criei expectativas. As cenas de terapia entre ela e o Tony são a essência da série, cada episódio possuía uma reflexão nova sobre a vida dele. Alguns diálogos foram memoráveis, sendo este o único núcleo da série que manteve um excelente nível desde a 1ª temporada. Esperava maior destaque para a vida pessoal da personagem. Se tivessem feito isso, seria muito bacana. E pode ter certeza, a decisão tomada por ela neste episódio foi sofrida para ela, que com certeza criou com o Tony uma espécie de amizade. Em contrapartida, foi uma uma boa decisão para a vida dela, tanto que pelo fato de atender o famigerado criminoso Anthony Soprano, ela foi em busca de ajuda profissional para conseguir continuar a atende-lo. Só pra não passar batido, Patsy Parisi sobreviveu ao tiroteio que vitimou o Silvio. Adoraria que dessem um espaço à ele no series finale.
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Caralho, a cena do morte do Bacala = espetáculo.
Alan Taylor é um monstro na direção, Kennedy and Heidi também é dele. R.I.P. Bacala, e espero que o Sil não morra.
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"The criminal sentimentality reveals itself in compassion for babies and pets...''
Porra! passei o episódio com o coração na mão. Ta aí um cara que eu não dava nada por ele, Phil Leotardo. O cara armou um esquema monstro! Se tem um dos capos que menos merecia morrer nessa série era o Bacalla... E que cena linda, meu Deus! Só queria falar sobre a evolução desse personagem que foi sensacional! como falaram, ele era um simples motorista do Uncle Jun, na maioria das vezes era zuado, e acabou se tornando o 3 homem. Se o Paulie soubesse que ele foi desconsiderado pela máfia de NY, ficaria puto! Outra coisa foda nesse ep foi o rompimento da Melfi com o Tony. O melhor paciente que ela poderia ter. Na vdd, o melhor paciente que qualquer psicólogo gostaria de ter.
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Fiquei sem fôlego durante todo o episódio. The Sopranos está terminando em seu auge, finalizando uma obra-prima da melhor forma possível.
Tudo foi maravilhoso. A sequência da morte do Bobby foi uma das mais agoniantes que já vi na vida (chegou perto da morte de um certo personagem no final da 3ª temporada de The Wire). Sofri com o Sil, que pra mim era o que menos merecia esse destino. Não to entendendo o porquê do Paulie ainda estar vivo. Agora, o diálogo entre Tony e Melfi entrou pra história. Que cena genial. Já vi muita gente reclamando sobre o plot do estupro da Melfi, dizendo que foi mal desenvolvido ou até mesmo desnecessário. Pelo contrário, eu acho que tudo o que ela vivenciou, ao sofrer na pele o alcance da podridão humana e ao ter que enfrentar o peso de uma cultura machista, influenciou fortemente a personagem, seus discursos e suas ideias, e foi isso o que eu enxerguei nessa cena. Para mim, essa cena foi justamente o desfecho de toda a experiência do estupro. A Melfi está finalmente (ainda que simbolicamente) confrontando o seu abusador. Ela passou 6 temporadas jogando o jogo do Tony, muitas vezes sentindo empatia por ele e inventando desculpas em sua cabeça para justificá-lo. Mas parece que nessa cena ela tem uma tomada de consciência e o vê pelo que ele é realmente: um criminoso (assim como o seu abusador), que se coloca acima da lei e da moral e pensa que tudo o que faz é justificável (assim como seu abusador) e, acima de tudo, um homem hipócrita e machista que o tempo inteiro diminui e desmerece a figura da mulher (mais uma vez, assim como seu abusador). Ela finalmente percebe o tipo de homem e, numa visão mais macro, de sistema que está ajudando a alimentar, e decide romper com esse ciclo. Sensacional, apenas.
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Literalmente fazem meses que eu vi esses episódios finais de The Sopranos e só agora percebi que não fiz um comentário fiel e justo sobre:
A série realmente encerrou em um auge absurdo de uma temporada final magnífica. Vimos o Junior totalmente gagá da vida atirando no Tony, que consequentemente, ficou à beira da morte; vimos as tretas entre New Jersey x New York bem mais acaloradas do que temporadas passadas; o quase suicídio do AJ; Tony e Bobby brigando e no final discutindo esse cenário selvagem da máfia; Tony matando o Christopher a sangue frio, enfim, muita coisa. Seguindo isso, nesse episódio pré-season finale de tirar o fôlego foi bem explosivo, o que realmente não é o habitual quando uma série se encontra em episódios finais. A morte do Bobby foi uma sequência muito agoniante. O jogo de câmeras com ele sendo alvejado e o trem sendo descarrilhado foi muito brilhante e simbólico. Ah, e o Sil, meu deus, nem se fala! Ele não merecia esse fim de jeito nenhum, sendo um dos caras mais leais do Tony e o meu favorito de todos. Por fim, o Phil Leotardo foi estratégico, pois eliminou dois capos do Tony em pouco tempo e ainda sumiu do mapa na maior e deixou somente o Tony e Paullie - que deveria ter sido alvejado no lugar do Silvio - de mãos atadas e obrigados a se refugiar em outro lugar. O encerramento do arco com a Dra. Melfi foi bem inesperado e com um diálogo espetacular. Finalmente ela rompeu de vez com Tony, tirando um peso das coisas de duas medidas. Ela realmente se deu conta que o Tony Soprano não tem conserto e por mais que ela sempre sentisse empatia por ele e sempre jogar o jogo dele, ela agora administrou a sua visão sob uma perspectiva ampla e faz o Tony um criminoso que não tem mais volta alguma, e talvez ela tenha percebido que não dá mais para alimentar esse tipo de sistema e cortou laços de uma vez por todas. Literalmente, ela combateu o abuso e o abusador. Fantástico! Lorraine Bracco, que atrizona, meus amigos.
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