Pense numa personagem insuportável é a Leila, mesquinha demais. Personagem completamente desperdiçada.

"Vocês querem tornar os serviços der saúde mental acessíveis a quem não tem os meios. Sei que precisamos disso nessa cidade. Precisamos disso na minha comunidade, vejo a necessidade diariamente. Sinceramente, sou uma das pessoas que precisa dessa ajuda"
(...)
"Acho que a maioria das pessoas, até aquelas que querem ajudar, nem sempre conseguem compreender a situação dos outros. Por exemplo, quando falamos de autocuidado, para muitas pessoas, ele é um luxo"
- E como podemos mudar isso?
"Fazendo o que vocês estão tentando fazer. Quer dizer, eu não tenho todas as respostas. Só sei da minha própria experiência... Certo, eu me atrasei hoje. Acidentalmente coloquei a hora errada no meu alarme. Foi um descuido meu, eu sei. Mas, vejam... eu fui dormir às 05 da manhã hoje. A mesma coisa ontem e anteontem, porque não tenho tempo para fazer o que preciso fazer para ter a vida que quero. E... estou cansada. E se eu for falar a verdade, estou com raiva. Mas esse é a único sentimento que não posso me dar ao luxo de ter, porque então... eu sou apenas o que eles esperam que eu seja. Eles não querem ver a minha raiva, porque, afinal, a quem é permitido ter raiva? É um privilégio como todo o resto, e a minha raiva não importa. Mas todos esses sentimentos ainda estão aqui e não têm por onde sair. Neste mundo, são tantas garotas e mulheres como eu sem ninguém para conversar sobre essas coisas, então... a gente engole. E meio que guarda todas elas. Mas... elas existem. E doem. E... precisamos que alguém nos ouça. Sei que vocês já sabem disso, afinal é por isso que estão aqui... mas 95% das pessoas que trabalham com saúde mental são caucasianas. Nada contra elas, mas... importa quem vai ouvir. Faz diferença a gente se sentir confortável. Faz diferença quem escuta e fala 'eu entendo'. Simplesmente faz diferença. Não sei o lado técnico destas mudanças, mas... mulheres negras estão sendo treinadas por vocês para serem orientadoras, né? O que acho uma coisa incrível. Quero fazer parte disso. E, sinceramente, quero arrasar em um terno como o seu um dia".

Gente. Gente. GENTE!! é isso!
eu poderia destacar mil e uma partes desse discurso, mas ele é TODO tão importante (e por isso escolhi transcrevê-lo em português. todo mundo precisa ter acesso a essa fala)! não consegui.
Eu me senti abraçada e acolhida pelas palavras da Dom.

Na psicologia existe toda essa questão de você ser treinado para ouvir e acolher todos os casos de todo mundo (exceto se te afetar de uma forma que te impeça de desenvolver o trabalho, mas essa é outra questão)... e a teoria é linda, né? mas na prática, por mais que o profissional tenha empatia, no fim das contas importa quem diz "eu entendo", como bem disse a Dom. Porque existe entender. E existe realmeeeente entender. E óbvio, não vou generalizar, né, gente... mas espero que tenha sido possível entender o que ela quis dizer. E aos profissionais caucasianos que atendem à população negra, "não basta não ser racista, é preciso ser antirracista" é uma máxima. Se não, tá fazendo errado.

só quem já se atrasou pra um compromisso sabe o gatilho que foi ver a dom quase perder a oportunidade da vida. ainda bem que deu tudo certo. ela é de longe a melhor personagem da série < 3 aliás, que discurso LINDO

a maioria das pessoas têm dificuldade em entender que se "assumir" não é só falar que é gay, mas sim um longo processo para entender a própria identidade e entender que está tudo bem consigo mesmo. que bom que o sid conseguiu falar para o pai (embora eu tenha achado bem rápido).

leila é a personagem mais próxima de uma adolescente "normal" na série. extremamente mesquinha, só consegue assimilar o que outras pessoas falam contanto que seja sobre ela. para a série, é perfeito. se conhecesse, passaria longe.

eu amo a dominique demais, meu deus, o discurso dela MARAVILHOSO

imagina a dor de dizerem que não podem acusar seus estupradores por falta de provas, coitada da joey

DOMINIQUE É TUDO P MIM < 3