Exibido em: 09-Mar-2008
Grande fim para esta obra de arte. Terminou fantástica como sempre foi.
É difícil escrever aqui sobre tudo que pensamos sobre a série ao terminar de vê-la, mas sem dúvida o grande destaque de The Wire é o realismo imersivo que ela traz. Um dos pensamentos que vão sempre estar na minha cabeça quando lembrar da série são os paralelos traçados entre alguns personagens nesse episódio final. Ver o Michael virar um novo Omar e o Duquan um novo 'antigo Bubbles' só aponta o fato bem real de que infelizmente esses personagens que representam problemas da sociedade fazem parte de um ciclo sem fim. O elenco é quase todo ótimo, dos policiais aos 'antagonistas'. Do lado dos policiais, Bunk e Freamon são o destaque para mim. McNulty também é foda, mas vou lembrar mais dele por suas idiotices hehe Também é difícil não torcer por Omar e Stringer Bell, e é uma pena que enquanto o segundo teve uma morte planejada que nos dá tempo para processar o que está por vir, o primeiro morre repentinamente pelas mãos de uma criança envolvida no mundo do crime. Mas, novamente, é essa proximidade da realidade que faz The Wire ser genial. Sim, uma das melhores séries de todos os tempos.
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Que series finale FODA. Impecável. Uma série que em nenhum momento fugiu de sua proposta, que, com toda a certeza, é dar um tapa na nossa cara, amigos telespectadores. Com certeza é uma série que fica marcada na minha vida. Ouvi falar em The Wire na época em que eu assistia Breaking Bad. Dei uma chance e não me arrependi, nem um pouco.
O nome do episódio, "-30-", é um termo que os jornalistas utilizam, e que significa "FIM", segundo o que pesquisei. Foi um final mais "feliz" do que eu esperava. Praticamente nenhum dos personagens principais terminou ferrado. Mesmo eu gostando de tragédia, acho que um final realista, como a série sempre foi, não é problema. MICHAEL - Novo Omar - Genial o final dele, e olha que nunca gostei muito do personagem. Mas faz total sentido o caminho que ele trilhou tê-lo levado a esse desfecho. Provavelmente foi um caminho parecido com o que o próprio Omar trilhou antes, só que nunca foi mencionado e nem precisava ser. DUQUAN - Novo Bubbles - Ambos os personagens tem uma das histórias mais tristes que já vi. Infelizmente o mundo está cheio de pessoas brilhantes como Duquans e Bubbles & Michaels e Omars que são arrastados para caminhos de vício e violência. É um ciclo. CARCETTI - Irei parafrasear o comentário do meu amigo Mik: "...nem dá pra acusar o Carcetti de muita coisa, acho que a série mostrou muito bem como os políticos são obrigados a entrarem por caminhos obscuros quando precisam que alguma coisa dê certo. O Carcetti, ao meu ver, se manteve bem intencionado até o fim". Porém, de boas intenções o inferno está cheio né? Ele prometeu algo real ao Daniels e não chegou nem perto de cumprir. CARVER - Novo DANIELS, que ao meu ver tomou uma das melhores e mais corajosas decisões de sua vida, um personagem que manteve seu bom senso do primeiro ao último episódio, com alguns deslizes sim no meio do caminho, claro. Sintomático, porém, o seu substituto ter sido o Valchek, que é um parasita completo. PREZ - Pelo menos voltou na finale, barbudo hehehe. Genro do Comandante da Polícia e finalmente um professor com os "Soft Eyes" tão citados na 4ª temporada. Triste demais a cena em que ele se toca que o Duquan já era. BUNK e LESTER - Inesquecíveis. Que figuraças. Tem muita coisa que não gosto neles também, como o Lester neste final desmerecendo o trabalho da Rhonda, mas são personagens maravilhosos de se acompanhar. RHONDA - Novo Juiz Phelan? - No início de The Wire o Phelan recém havia se tornado juiz e era ele que tinha iniciado junto com o McNulty aquela treta dos Barksdale's. Fico feliz que a Ronnie se deu bem na carreira depois de tudo que passou. SYDNOR - Novo McNulty? - Olha ele lá plantando a semente da discórdia com o Juiz Phelan, justamente como Jimmy fez no início da série. E não dá pra esperar menos do Sydnor. Ele sempre levou o trabalho muito a sério e de forma responsável, por isso viu de perto como o sistema boicota o trabalho dele. Provavelmente foi assim que o McNulty começou a ser o Jimmy que conhecemos. CENA FINAL - Ao som de Way Down In The Hole, na versão do The Blind Boys of Alabama, a mesma da 1ª temporada, assisti uma das cenas mais incríveis da vida. Muito massa ver que tudo na série continuou igual, só mudaram os rostos, reiniciando o ciclo. Apesar de nada ter mudado no fim das contas, The Wire foi uma série cheia de personagens esperançosos vivendo em um sistema que semeia desesperança. Todos os personagens centrais eram pessoas com fome por mudança, mas que encontraram em seus trajetos muitos percalços. No fim, todos eles diminuíram essa fome e aprenderam a serem eles mesmos sem perder suas essências, só que dentro deste sistema, e não mais contra ele. Colvin, Lester e Daniels são exemplos máximos disso. Lutaram tanto por mudanças, mas no fim encontraram maneiras de seguir bem suas vidas de outras maneiras depois das experiências frustrantes. No fim, como a Beadie disse pro McNulty, o que importa é nossa família e nossos amigos. Numa série cheia de desesperança essa mensagem não deixa de ser reconfortante. -30-
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"There ain't no back in the day, n***a. Ain't no nostalgia to this shit here. There's just the street and the game and what happen here today."
Uma das últimas coisas que Cheese falou antes de morrer resume muito bem tudo que aconteceu aqui. O poster da terceira temporada da série, que é o poster da série aqui no site também demonstra bem. "Rules change, the game remains the same." A batalha contra as drogas é um jogo contínuo onde ocorre constante troca de personagem, algo que acontece até na polícia, por exemplo: Sydnor dando a entender que vai ser o novo McNulty, numa cena com o juiz Phelan que nos faz lembrar do episódio piloto, quando o próprio McNulty falava do caso Barksdale pra ele. Novos Barksdales, novos Omars, novos Bubbles, o jogo continua o mesmo, e foi isso o que The Wire demonstrou muito bem, sempre com sua realidade gritante e seu roteiro extremamente amarrado. Tive o prazer de acompanhar essa série fantástica, talvez até a melhor série que eu já vi. Um adeus à uma obra prima.
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Fechou com chave de ouro esse episódio final. Sério, eu nem tenho muito o que falar, é a melhor série que eu já vi. Foi simplesmente genial, nenhuma temporada foi fraca, a terceira e a quarta foram uma obra prima, nível máximo que uma série pode alcançar. Uma pena que poucas pessoas conhecem, pois merecia uma bagde aqui no site.
Sobre o desfecho de alguns personagens: Michael novo Omar Dukie novo Bubbles Sydnor novo McNulty Carver novo Daniels Os personagens mudam, mas o jogo permanece. É um ciclo interminável.
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O grande fim de uma série brutal. Há personagens com final feliz, outras infeliz, o que mostra bem a realidade desta série. Tudo foi tratado ao maior pormenor, tornando The Wire na melhor série que já vi.
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Teleplay de David Simon com direção de Clark Johnson.