Exibido em: 23-Out-2010
Ultima edição: YAS💋 | Editar minissinopse |
A linguagem do machismo e misoginia está aqui, ali e acolá; é universal. Foi nojenta a cobertura midiática sobre a vida sexual da Henriette. A ninguém deve importar com quantos homens ela foi para cama. Isso não tem relação nenhuma com o trabalho e com a vida pública dela. Uma mulher ministra apresentando um projeto de igualdade de gênero desperta a fúria dos poderosos. Kasper é a representação desses comportamentos, fazendo de tudo para conseguir ficar com ela.
É forte a mensagem de que mulheres competentes não acessam os cargos que homens (medíocres) conseguem com a maior facilidade. A grande revelação foi a Henriette ter mentido sobre sua formação acadêmica para conseguir ascender na carreira. Apesar de entender, acho que o episódio não precisava desse desfecho.
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Gostei bastante da forma como abordaram essa questão tão delicada ali, sobre os direitos das mulheres e de todas as problematizações que isso poderia causar diante das oposições políticas que o governo enfrenta, com os ataques à ministra tendo esse caráter de plausibilidade. Mais ainda quando se manifesta, com a revelação sobre a ministra, que nesse jogo, toda vitória tem um custo.
Mas quem me deixou mais inquieta foi Kasper. Aliás, é irônico quando notamos, em um episódio com essa temática, como ele se desequilibrou, como ele pode ser frágil, em uma desconstrução hábil dos estereótipos. Conduziu mal a questão com a ministra, com uma ação imoral, deixando em risco o bom andamento daquele processo (tudo que ele comumente não faria). Ele remói um arrependimento, uma amargura por toda a sua história com Katrine, pelo que optou fazer. Que bonito ver a consciência de Birgitte sobre a vitória no caso com Crohne. Ela percebe o quanto está amadurecendo politicamente e sente todo esse processo de forma muito equilibrada. Pela primeira vez ficou claro o quanto isso pode lhe custar na vida pessoal, em um paradoxo manifestado através do que ela conseguiu dominar na vida pública, ao mesmo tempo em que desponta o incômodo na família, quando o marido a desautoriza de forma muito sutil perante o filho e quando ele simplesmente continua a dormir, sem dar muito cartaz à vitória dela. Por causa disso mesmo, o episódio conseguiu ser mais concreto, pra mim.
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esse episódio foi feito em 2010 e (não) surpreendemente oito anos depois ainda é super relevante.
detesto o kasper, os comentários nojentos que ele faz sobre as colegas de trabalho, o jeito que ele trata a katrine, desprezível
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Que episódio incrível, como já de costume se tratando de Borgen.
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Outro capítulo excelente, além da questão de gênero que foi muito bem trabalhada, teve todo o enfoque nas relações do estado com o mundo corporativo que eu achei bem interessante também. Tudo isso em uma hora de televisão.
E o episódio ainda teve seus momentos intimistas. As cenas da Birgitte com a família são poucas, mas são sempre pontuais. Essa é uma série que não subestima seu telespectador. Aqui você não vai ver protagonista falando com a câmera, arcos novelescos ou shock values baratos, rsrs. E só agora percebi que quem interpreta a Birgitte é a Theresa de Westworld. Sidse Babett Knudsen < 3
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