Curioso como séries conseguem nos fazer ter opiniões tão conflitantes sobre personagens... Desde a primeira temporada, torço para McNulty e os outros capturarem Stringer Bell, muito pela raiva do personagem ter matado Wallace, Dee e etc, mas nessa temporada, meio que torci para que conseguisse se tornar um homem de negócios como queria. Stringer morreu em um péssimo momento da sua vida, onde ele sabia que não era uma gangster como Avon e percebeu da pior maneira que não seria um homem de negócios. Não apenas isso, a maior relação que ele teve na vida com Avon, virou apenas mágoa e negócios. A cena dos dois amigos curtindo uma conversa é tão memorável quanto aquela do retorno do Barksdale. É nostálgica, triste e desconfortável.

Mas o destaque realmente fica pra cena final. Stringer não tinha mesmo como desviar quando os dois maiores mitos dessa série vão atacá-lo. Um detalhe bacana que eu li por aí, foi que Stringer passa a série inteira pedindo pros seus subordinados pra fechar a porta quando saíam e quando corre por sua vida, só encontra escadas que levam pra portas fechadas.
Pelo menos, no final das contas, ele morreu com certa dignidade.

Num episódio tão focado nisso, também vale menção pro Colvin com Carcetti. Muito legal quando o Colvin faz o vereador andar sozinho pela Hamstertã e pra não ficar parecida com a cena do Bubbles andando pelo local, focaram totalmente na reação dele. Muito bem pensado por parte da direção, já que a gente conhece tão bem as merdas que rolam por ali.

Essa tensão e agonia focado no Stringer do começo ao fim me revirou o estômago. Sei que muitos mencionaram, mas o episódio é típico de um ''Ozymandias'' da série, e faz páreo duro com aquele episódio sensacional de Breaking Bad que até me deixou sem dormir e com sensação de ''bug'' no cerébro. Tudo muito bem executado, muito bem feito e trabalhado, e o Simon tem o meu respeito e admiração por dar essa oportunidade de ver um brilhantismo não só a mim, mas, a todos os outros que acompanharam a série.

Stringer não conseguiu prever os movimentos sigilosos do seu camarada Avon e acabou indo para o saco. Aquele último diálogo entre os dois dói o coração, é trágico, triste e é visível que o cerco estava se fechando. O modo conflitante da coisa, foi que o Avon não conseguiu ser um homem de negócios e nem o Stringer um gângster tão bom quanto o próprio Avon foi, e tudo foi uma simples consequência de algo levado pelo lado pessoal. No caso, envolvia a morte do Dee e outras coisas mais.

Brother Mouzone e Omar Little fizeram uma puta participação nesse episódio, gostei pra caramba da aliança dos dois. E finalmente o Omar pode saciar sua sede de vingança pela morte do Brandon.

Duas coisas bem legais que necessitam ser mencionadas é a evolução do Dennis e sua pequena academia de boxe e o Carcetti e Colvin fazendo um tour pelos bairros de Baltimore, esses dois inclusive tiveram ótimos diálogos.

Por fim, deixo essa última parte para dedicar ao Idris Elba que foi um ator que conseguiu incorporar um puta personagem que foi o Russell Bell, que com certeza vai ficar em minha memória para sempre. Ao meu ver, era um personagem de alta importância pra série, e sua inteligência e estratégia me deixava boquiaberto, pra mim foi um dos melhores personagens, e logo esse foco nele nessa temporada o tornou o grande vilão. Agradeço de pé e tiro o chapéu pra esse grande ator! Idris, obrigado pelo excelente trabalho.

SENSACIONAL, MASTERFULL, 10/10!

R.I.P. Russell "Stringer" Bell.

Apenas 329 (923, atualizado dia 3 de nov de 2020) pessoas assistiram esse episódio... é realmente um pecado como essa série não tem a popularidade que merece, como a segunda melhor série de todos os tempos.

Omar listening

a ciência precisa inventar palavras para descrever a genialidade deste episodio

ouso dizer que é a maior coisa ja criada na história da humanidade