Netflix, nunca te pedi nada, tem pena dos brasileiros sob um governo Bolsonaro, cuida em trazer os episódios. Saudade de ver uma política decente e inteligente no poder, ao menos na ficção.

A ironia do título desse episódio... jogo de poder é jogo de poder, em um futuro masculino ou feminino. Não há tempo para inocências, como a todo tempo sugerem as mulheres no comando.

Outra ironia é Birgitte sofrendo com os calores da menopausa enquanto faz referência ao derretimento das geleiras do Ártico, hehe... rir pra não chorar.

Que saudade dessas personagens maravilhosas. Torben e Katrine em posições trocadas vai ser muito engraçado de ver. Birgitte e Katrine mantendo o contato e a amizade. Philip e Birgitte, nunca superarei. Laugesen sempre nos calcanhares de Birgitte e sem passar dali. E esse tipo de ativismo vegano de Magnus é muito a cara dele, fofo, mas ingênuo. Não li muito sobre essa volta, mas gostaria muito de rever Kasper e Bent. Laura deve já aparecer. Gosto dos novos personagens também.

No mais, Birgitte contra uma indústria trilionária e os inimigos internos de sempre. Que retorno, Borgen!

Se não fosse pelo filho da Birgitte enorme, nem daria para notar que houve uma passagem de tempo. O elenco envelheceu muito pouco em quase 10 anos. Ainda assim, esse timeskip é um ponto central do episódio, com uma mudança significativa em relação as três temporadas originais: a protagonista já não está mais no poder. Seja em relação a política, na própria casa com o filho ou até mesmo com o próprio corpo, Birgitte já não tem mais o controle que costumava ter. Por três anos, a série tratou sobre as dificuldades de estar por cima. Agora, a luta da protagonista começa posições abaixo e inclusive com uma certa rixa com quem herdou seu antigo cargo - que por sinal foi um caminho que ela pavimentou.

Gostei que a série se mantém relevante em termos de lidar com assuntos pertinentes no momento e vai dar destaque às questões ambientais. Curioso por esses núcleos paralelos, que pareceram um tanto aleatórios nesse primeiro momento, mas que podem render se forem bem trabalhados.

Netflix, obrigada pelos minos!

Coitada da Birgitte, tá na menopausa, tá lutando contra a mudança climática, tem birra com a PM e agora entrou numa batalha contra oligarca russo por causa do petróleo na Groenlândia.

Até agora só a vimos como PM ou tentando voltar para a política, sempre em posição de liderança "absoluta". Em nenhum momento a vimos fazendo parte do governo, mas em cargo subalterno. Como boa idealista que sempre demonstrou ser, ela vai fazer de tudo para manter seus ideais enquanto ministra das relações exteriores. Vai ser interessante ver a Birgitte do outro lado, e mais curioso ainda é ver que o antagonismo da vez, pelo menos até aqui, é com uma PM, num contexto de "the future is female". Como @Linhas disse aqui embaixo, o jogo de poder sempre vai existir, seja a política controlada por mulheres ou por homens.

Ver Katrine numa posição de liderança também vai ser interessante. E já começou com a cena emblemática em que a jornalista avisa que está fazendo tratamento para engravidar e ela simplesmente manda um "ah, não, não faz isso comigo". Como não lembrar do momento em que a própria Katrine foi pedida para não engravidar anos atrás? Ou seja, o futuro é feminino, mas ainda temos muito caminho pela frente...

Acho que conseguiram incorporar bem os aspectos mais modernos para a política, como a perda de relevância da imprensa formal em meio às redes sociais e fake news, e como a urgência da preocupação com o meio ambiente

Cadê Leo Dias pra vazar a rotina de skin care da atriz que interpreta a Katrine?
A mulher não envelheceu