Exibido em: 10-Out-2004
Ultima edição: Bernardo G.S. | Editar minissinopse |
Brilhante a forma como esse episódio abordou o aspecto social da criminalidade, fugindo dos clichês de ataque à meritocracia.
Primeiro, o relato do Bubs. "I was born fucked up", quando este optou roubar na infância, mesmo sem nenhuma necessidade, mostrando como ele sempre escolheu o crime. Depois, com a cena do Colvin reunindo as crianças e adolescentes no ginásio, todos envolvidos prematuramente na criminalidade. O momento em que a professora reconhece um dos seus alunos e o indaga porque estava na escola retrata a opção pelo crime em detrimento à educação, mesmo quando esta é devidamente oferecida. Por fim, a mensagem se completa com o arco do Cutty. Logo no início, ele tem contato com sua ex-companheira, que conseguiu sair do mundo das drogas e, pelo esforço pessoal, conseguiu uma boa vida, com emprego, bens e família. Após, quando o Cutty está literalmente suando no trabalho pesado (porém correto), a fala do seu patrão de jardinagem ("na vida correta, as coisas não vão mudar tão cedo") revela a dicotomia entre o lento e doloroso sucesso justo X a ostentação e luxo que a vida criminosa concede instantaneamente. Esse episódio trata como a criminalidade se alimenta da vaidade, ganância e egoísmo de pessoas cedentes pela facilidade que esse tipo de vida propõe. Mesmo podendo seguir a difícil vida da legalidade - como a sociedade em geral se submete - muitas pessoas cedem aos benefícios fáceis e luxuosos que o crime "recompensa". No fim, Cutty se deixou seduzir aos seus próprios demônios.
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32 0 0 |
Mcnulty nao evolui, continua o mesmo bêbado da primeira temporada, e agora o trabalho dele como detetive nem é mais tudo isso, da de sentir um pouco de pena dele.
Sobre o plano do Bunny tava na cara desde o inicio que nao parecia que ia dar certo, mas deixa o cara tentar. Avon sairá da prisão pelo visto
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23 0 0 |
Lester personagem mais underrated dessa série < 3
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21 0 0 |
Eu amo a sutilidade dessa série pra falar de problemas sociais e criticá-los ao mesmo tempo, dessa vez foi racismo junto com a meritocracia
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14 0 0 |
Eu lembro que antes de começar The Wire, nas poucas vezes que eu via algo sobre a série, havia gente dizendo que não gostava do McNulty. Já eu, gosto bastante dele, mas entendo quem não gosta. Seu egoísmo ultrapassou os limites nesse episódio e a forma como ele levou as coisas com o Lester foi bem feia. Quando ele fala "fuck the boss", no caso Daniels, me faz parecer que o personagem não tem lá muito lealdade, ainda mais para alguém que o tirou do barco. Já em contra partida, McNulty continua sendo a cola que gruda aquele bando inteiro para irem atrás do rei em vez dos peões menores. Lester sabe que, por mais egoísta que Jimmy seja, derrubar Stringer seria uma ótima jogada e por isso ele ainda dá bola pro falatório do parceiro. Agora só quero ver se ele se redime um pouco dando paz para Daniels e Rhonda.
Essa temporada anda com tanto plot, pqp... E todos tão interessantes. A história de Cutty chama atenção pelo fato de que, como o homem fala pra ele, não existe recompensa ao seguir uma vida limpa. Pra um cara que já fez parte do jogo anos atrás, tinha status e dinheiro, dificilmente conseguiria ignorar tudo e cortar graminha dos outros. Dá pra ficar chateado com ele maravilhado na sequência final, mas não dá pra não entender o apelo que tudo aquilo trás pro personagem. E enquanto esse Carcetti tá me lembrando muito um McNulty político, fazendo as coisas por puro tédio e achando que é o fodão que vai concertar os problemas se virar prefeito, temos Bunny tentando aplicar o seu plano outside the box, com uma puta dificuldade de convencer os traficantes... Pois é. Nada em fácil em Baltimore.
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12 0 0 |