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Vou te responder com a mesma coisa que eu comentei aqui
Você deve ter cuidado para não arruinar a vida de SERES HUMANOS inocentes, sejam eles homens, mulheres, ricos, pobres, hétero, gay, branco, negro, etc...
Eu sei que existe uma segregação feita pela sociedade e pelas pessoas privilegiadas/opressoras. Mas isso não justifica as minorias utilizarem a sua voz inconsequentemente. A questão não é proteger o homem ou qualquer outro grupo privilegiado e sim evitar acusações genéricas e infundadas contra inocentes, seja o inocente privilegiado ou minoria. Se começarmos a utilizar mal esse poder de voz, que foi tão difícil de conquistar, esses movimentos sociais vão perder o seu rumo e vamos acabar exatamente onde começamos: sem voz nenhuma. Foi o que aconteceu com o site no caso do episódio.
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Particularmente, achei que o caso do episódio foi abuso, sim, fui bem #teamMarissa. Concordo que não configure estupro, mas minimizar pra um encontro ruim? Sem chance, foi abuso. Além disso, fiquei enojada que os dois lá investiram pra derrubar o site por interesse pessoal.
Contudo, achei a discussão do episódio bem propícia. Porque pra mim, não foi um episódio que tentou passar uma conclusão. Foi um episódio que passou várias frontes e várias linhas de raciocínio (inclusive algumas das mais absurdas) para fazer refletir, porque não é como se fosse um assunto tão preto no branco que você pudesse ter uma linha de raciocínio única que possa ser considerada correta.
Eu acho importante que condutas inapropriadas passem a ser chamadas pelo que são: abuso. É importante que os homens criem a consciência de que é errado ficar tentando e tentando e tentando até conseguir algo em cima de um não, porque é como a vitória disse, muita mulher 'cede' por várias razões e isso não torna o ato em um ato consentido.
Dito isso, também é importante dosar as coisas: nem todo ato inapropriado é estupro. Precisa ter reparação, mas não é estupro. Homens/sociedade precisam aprender o que é inapropriado, sim, mas transformar coisas que não são estupro em estupro diminuem, sim, a força (que já é mínima) de uma verdadeira acusação de estupro. E essas acusações já são tão menosprezadas e as vítimas tão minimizadas que qualquer outra coisa que venha a retirar força dessas acusações deve, sim, ser combatida.
Por fim, fazer justiça com as próprias mãos não é, na esmagadora maioria dos casos, a melhor solução para os problemas. Às vezes pode parecer a mais efetiva ou a mais receptiva (diante de sistemas que desvalorizam as denúncias por machismo, por ex), mas fazer isso abre portas pra que outras injustiças sejam cometidas. É aquilo do dois errados não fazem um certo.
Tudo isso pra dizer que eu acho que não foi um episódio de conclusões, mas de ponderações. :)
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