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Exibido em: 19-Abr-2018

Mini Sinopse: Alfred passa o dia com uma amiga chamada Sierra, que questiona os rumos de sua carreira.
Ultima edição: Felipe AlvesEditar minissinopse



Comentarios - Atlanta - 2x8 (132)

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Acho vcs tão inteligentes com esses comentários inteligentes sobre essa série inteligente.

Parabéns!

2018-04-21 01:53:29Denunciar spoilerDenunciar Abuso*
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Al é de longe o personagem que mais sofre essa temporada, é o oposto do que vimos na primeira temporada. Acredito que este episódio - como a maioria dos outros da série - têm várias camadas, entre elas as duas principais são: como a fama afeta a identidade pessoal de um artista e, também, o tema da solidão.

Já no começo do episódio vemos um Al desanimado acordando no sofá, em seguida, Earn liga para ele sob o pressuposto de "estar checando se está tudo bem com Al", todavia, na sequência ele já pergunta sobre formulários que necessitavam da assinatura do rapper. Essa ligação estabelece o tom do episódio, pois é perceptível que a escolha de Al por manter seu primo como gerente com o objetivo de um tratamento mais pessoal e humanizado, vai por água abaixo; Earn parece começar a ver seu primo da maneira que o mundo o vê, isto é, como um produto. Assim, Al como um ser humano nos aparece como uma figura ignorada e, por conseguinte, solitária.

A cena seguinte de Al com Sierra expressa o conflito de identidade vivido pelo personagem: a vontade do rapper de se manter fiel a sua personalidade em contraposição com a necessidade de vender uma imagem, na posição de artista, visando obter sucesso. O personagem acaba por decidir pela primeira opção (ao menos neste episódio). Deste modo, já na cena seguinte Al está novamente sozinho; temos um plano panorâmico com o personagem caminhando, o que enfatiza ainda mais sua solidão, em seguida, Al aparece sentado comendo sozinho, até que por fim chega a cena do assalto.

O assalto é chocante, pois o grupo é introduzido como fã do trabalho do rapper; todavia, o que subjaz aqui é a ideia de que o valor de Al não está relacionado com ele como pessoa, mas apenas como um rapper, isto é, através de sua obra. Portanto, não há respeito pela pessoa Alfred, apenas pela imagem da fama que emana dele, ou seja, apenas de Paper Boi. Contudo, Paper Boi é mais uma ideia do que o próprio Alfred, sendo assim fica fácil de desumanizá-lo e, consequentemente, de assaltá-lo. Com isso em mente, é perceptível a distância enorme entre Alfred e Paper Boi e a contraposição entre essas duas "pessoas" é o tema da cena da floresta. Portanto, esta passagem toda é uma preparação para o clímax do episódio.

A introdução da floresta no episódio evoca uma imagem de confusão interna na mente do personagem, além da sensação de estar perdido e sozinho; no entanto, é importante perceber que tudo isso é literal, também. Mesmo com a presença do estranho homem velho - que pode ser apenas uma ilusão da mente de Alfred -, não nos exime de sentir da solidão do personagem, pois aquele velho não aparece como uma figura que oferece conforto. Na verdade, a existência ou não do velho é irrelevante para o seu papel na história, na medida que ele foi introduzido como um intermediário para a crise interna enfrentada por Al. Assim, ele está presente para colocar a questão até então implícita para fora, isto é, colocar a necessidade do rapper de tomar uma decisão sobre quem ele é.

Por último, temos o desfecho na cena da loja no posto de gasolina; nela, a ideia da solidão e da imagem do artista se combinam na figura do fã de Paper Boi. Vemos Alfred claramente machucado e sujo, mas o fã só vê o Paper Boi; em nenhum momento da cena ele sequer se pergunta sobre o que poderia ter ocorrido com o rapper, isso acontece porque não importa, isto é, Paper Boi não é uma pessoa, ele é uma imagem de algo. Desta maneira, a cada episódio Al vai perdendo sua identidade devido ao seu sucesso e como consequência disso, ele é isolado do mundo.

2018-04-20 14:40:49Denunciar spoilerDenunciar Abuso*
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Que episódio foda! Um roteiro primoroso, que não te entrega logo de cara qual o sentido de tudo isso (comum em Atlanta), mas direciona a história, com cenas enigmáticas, até que o espectador crie um espectro do que realmente o Alfred estava enfrentando nessa jornada.

A primeira cena foi dilacerante pra mim, a mãe do Alfred, como já citado na primeira temporada, morreu há algum tempo, então aquele momento em que ela chama a atenção do filho, em meio a casa desarrumada e a sujeira, foi uma parte de consciência imposta, que existe na depressão, te dizendo o que é o certo a fazer, com a pressão de não estar atrasado pra vida, com preguiça, parado num ponto sem definições.

E a gente acha que o episódio vai ganhar um rumo, quando ele encontra Sierra e a gente já tem um embate (sublinhado), nos primeiros momentos. O Al vem a temporada toda, mostrando um comportamento diferente da primeira, agora ele não quer mais o sucesso a qualquer custo, pelo contrário, ele só quer ser ele mesmo, mas nem o Earn, a quem ele entregou a responsabilidade de ser seu empresário, justamente pra tentar manter as coisas de uma forma mais simples, o enxerga mais como uma pessoa, e sim como um produto.

A sequência na floresta foi estarrecedora, com metáforas, que pra quem passa por um processo de depressão ou ansiedade, foi como um soco no estômago. Alfred se embrenhou ali numa tentativa de fugir, pra poder sobreviver a um ataque, tal qual uma pessoa depressiva faz, dia após dia, tentando lidar com a incerteza do amanhã, e em determinado momento ele para, após o homem estranho perseguir ele (mais uma dose de consciência subjetiva). Alfred ali aparece cansado, não tem forças mais pra lutar (tal qual a primeira cena sublinha, a casa desarrumada, as festas, o horário...) e o velho joga a real "make the decision, keep standing still, you're gone boy, you're wasting time, and the only people who get time are dead." Pra mim essa cena é catártica, é o instinto de sobrevivência gritando na mente do Al.

E pra finalizar um episódio desses, aquela cena, em que um fã, pede uma foto ao Paper Boy, porque na realidade ele não vê ali o Alfred, pessoa, manchado de sangue, com a boca fodida e o olho inchado, ele vê a personificação do artista, não existe espaço pra enxergar a depressão, que é uma doença silenciosa, que não ecoa no espaço, e é por isso que o humor dele pode ser confundido apenas com um mau humor, "é o jeitão dele", um dos episódios mais tristes e mais importantes que eu vi nesses tempos, parabéns aos roteiristas.

2018-04-25 00:26:02Denunciar spoilerDenunciar Abuso*
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essa temporada ta com uma pegada obscura fantastica viu....

2018-04-21 20:06:18Denunciar spoilerDenunciar Abuso*
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Porra que episódio pesado a respeito de aparências e como todo mundo ao redor recebe e percebe nossa imagem. E isso só arranhando tudo que o episódio abordou

Essa temporada ter se tornado tão experimental deixa ela ainda mais genial que a primeira

2018-04-20 10:30:41Denunciar spoilerDenunciar Abuso*
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