"do you like me? if i didn't give you any money, would you even talk to me?"
que tapa na cara...

só eu nao suporto a Tammy? ok...

Ao final dessa temporada a única coisa que me vem a cabeça é o quanto eu queria que Transparent fosse uma série de 40 minutos estilo Rectify. 30 é pouco pra desenvolver tudo o que essa série pode trabalhar.

Mas enfim, fiquei bem satisfeito com essa finale. Eu fiquei me perguntando como é que eu não percebi isso que a Syd falou do Josh olhar para as mulheres com quem transa querendo que elas o amem. É uma coisa que ele faz desde o piloto e agora ganhou um sentido bem legal. E aí, quando ele acha alguém que sente a mesma coisa, a Ali vai lá estragar... Falando em Ali, se há uma personagem atualmente inútil na atualidade é ela. E ao falar isso não estou desmerecendo a série ou a construção da personagem. O fato de uma pessoa não saber o que fazer na vida é algo muito ruim. Ela possuí um vazio e uma depressão que a leva a fazer atos egoístas e impulsivos. Ela reinando sobre o Bar Mitzvah e depois Maura estourando foi um ótimo clímax pro episódio que nos faz pensar o quanto cada personagem daquela família ainda não encontrou um jeito bom de seguir com sua vida e ser feliz de verdade.

No final das contas, apesar do incrível trabalho por parte do Jeffrey Tambor, Transparent brilhou por causa dos três filhos de Maura. Eles nos mostraram sentimentos e camadas bem realistas, ao passo em que a série brincava com humor negro e alguns momentos escandalosos. Sem dúvida, uma das melhores estreias da fall.

Episódio perfeito encerrando uma temporada perfeita. Já falei isso antes, mas não custa enfatizar sempre em como a beleza, sutileza, delicadeza e sensibilidade com que a série trata toda as situações me fascina. Ao mesmo tempo, a série possui uma densidade intensa e profunda, algo bem característico de Jill Soloway em Six Feet Under. Falando nisso, todo o ambiente de Transparent me lembra muito o de SFU, o que fez com que eu me apaixonasse ainda mais pela série, já que Six Feet Under é minha favorita. Jill Soloway fez novamente um trabalho fenomenal e merece ainda mais mérito já que ela além de ser criadora da série, também dirige a maioria dos episódios.

Transparent possui uma transparência brilhante. É de toda uma intimidade imersiva que faz com o telespectador mergulhe e sinta toda a profundidade retratada. Tudo isso graças ao auxílio do excelente elenco. Jeffrey Tambor está simplesmente impecável e interpreta com exímia veracidade a personagem Maura. Tecnicamente, a série possui uma beleza estonteante também, toda a fotografia, direção de arte, figurino, e, em especial, a trilha sonora, contribuem para produzir um resultado ainda mais espetacular.

A série ainda possui toda uma linearidade genial. E 30 minutos acabam sendo tão pouquinho, pois sempre ficou aquela sensação de querer mais ao término de cada um dos episódios.

Todos os personagens são extremamente bem elaborados e também vem sendo muito bem desenvolvidos. A maioria já conseguiu me cativar. Cada um com sua disfuncionalidade característica marcante e com suas personalidades (re)descobertas.

Teria muito mais o que falar dessa magnífica série que com toda a sua ousadia singela me deixou apaixonado por ela em tão pouco tempo.

Não vi muitas estreias dessa Fall Season, mas das poucas que vi, essa definitivamente foi a melhor - e acho difícil existir outra que supere também. E pra mim, não é só uma das melhores séries do ano, mas já posso dizer que é uma das melhores que já vi.

Segunda temporada, por favor, não demore muito. :'(

Certíssima Maura nas verdades, e foi meio bad ver que tipo ninguém tava nem ai mais pro Ed e todo mundo só se preocupando em comer que horror :/