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Imagino que quem queria um desfecho que deixasse tudo às claras não vai gostar deste, afinal a temporada brincou com uma ambiguidade até o fim. O que aconteceu com a língua da Annie? Tanto o cientista quanto a faxineira mentiram e foram eles que mexeram nisso ou outra pessoa que realmente interviu? O mesmo policial que supostamente a arrancou, sentiu culpa e a colocou no laboratório para que os crimes fossem conectados e solucionados? Ou foi uma força sobrenatural? Por falar nisso, existia algo místico aqui ou era delírios causados pelo frio, noite ininterrupta e água contaminada?
Mas, como diria Danvers, wrong questions. Não interessa para a história se a misticidade era real ou algo da cabeça das personagens. A temporada não foi sobre isso. Foi sobre a vulnerabilidade dos povos nativos frente a exploração antrópica no meio ambiente. Foi sobre como esses indivíduos são desamparados pela lei e só podem contar consigo mesmos no fim - mesmo os cientistas estavam ok em sacrificar aquelas vidas por um "bem maior". Foi sobre uma mãe que perdeu o marido e o filho e não sabia como lidar com a enteada. Foi sobre uma irmã que estava com medo de sucumbir a loucura como aconteceu com irmã mais nova e a mãe, porém ainda questionava se suas visões não seriam um dom e não uma maldição. Foi sobre um filho que não queria seguir o caminho do pai e ao mesmo tempo era relapso com a família tentando ajudar a única figura maternal na vida dele. Foi sobre uma noite interminável que deixava a fragilidade de cada uma dessas personagens expostas.
Cada um vai ter sua opinião sobre esse fim, mas não existe comparação entre essa temporada e as duas que a antecederam. Issa López entregou algo muito mais consistente, bem desenvolvido, intrigante e único que duas das três tentativas de Pizzolatto. Mesmo se você achou que ficaram pontas abertas, já é mais coisa a se discutir do que a segunda e terceira temporada juntas.
Por fim, Jodie Foster fez falta demais na frente das câmeras. Que atuação espetacular aqui. As cenas de Danvers e Navarro isoladas no laboratório no meio da tempestade, dignas de rapar premiações.